sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Opinião: A Rapariga Que Roubava Livros



Sinopse:

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal.


Opinião:


Bem, falar de um livro tão querido e tão especial não é fácil, mas vou tentar ser o mais sincera possível.
Confesso que esse livro me cativou da primeira à última página, em todos os aspetos, sejam estes a sua perfeita narração, as personagens, as ligações... Enfim, absolutamente tudo nos prende à este livro.
Eu acho que todos os livros, independente de qual seja, nunca será lido e interpretado da mesma forma pelas pessoas, por isso, a ligação que cada um possa ter com esse livro nunca será igual. Portanto, com toda a certeza eu posso afirmar que eu senti uma ligação extremamente forte com o livro, e principalmente com Liesel, por ser tão jovem e tão madura, Liesel está muito a frente da sua geração, sempre teve pensamentos e ações não muito comuns para a sua idade, porém nunca deixou de fazer coisas condizentes com a sua faixa etária, o que demonstra que ela é realmente muito forte, mesmo depois de tudo o que ela passa, continua seguindo a sua vida. 
As relações que existem nessa obra são tão fortes que é praticamente impossível elas não "saírem" do livro, isto é, são tão sólidas que nós conseguimos ter a percepção de todos os sentimentos exprimidos por Markus. Os sentimentos de Liesel pelo seus pais adotivos, por Rudy, seu melhor amigo e destes por ela. 
Outro aspeto que me deixou completamente maravilhada foi termos a Morte como narradora da história, e que foi-se revelando ao desenrolar da história uma personagem com muita personalidade e muito especial, revelando até sentimentos de que maior parte de nós, seres-humanos somos desprovidos. 
A única conclusão que podemos tirar de tudo isto é que A Rapariga Que Roubava Livros, merece totalmente o seu sucesso, um livro fantástico, sem explicação possível para a genialidade com que foi escrito.


Deixo aqui também, algumas das minhas citações favoritas do livro:

« Silêncio não era sossego nem calma, e não era definitivamente paz »
« Imaginem sorrir depois de uma bofetada. Depois pensem ter de o fazer vinte e quatro horas por dia.»
« Às vezes chego demasiado cedo. Precipito-me, e algumas pessoas agarram-se mais à vida do que seria de esperar.» 

Nenhum comentário:

Postar um comentário